por Marlene Silveira Araujo
Sexualidade é um termo abrangente que contempla vários fatores e dificilmente pode ser definido de uma forma absoluta.
Freud em suas investigações descobriu que a causa das doenças mentais na sua grande maioria estavam ligadas a conflitos de ordem sexual, gerados por pensamentos e desejos reprimidos pelo indivíduo durante a sua infância. Portanto, era durante a vida infantil que experiências traumáticas reprimidas causavam sintomas deixando profundas marcas na estruturação da personalidade. Assim sendo, Freud coloca a sexualidade como centro da vida psíquica e desenvolve o segundo conceito mais importante da teoria da psicanálise: a sexualidade infantil.
Esta descoberta de Freud provoca intensa reação na sociedade vigente, considerada quase um escândalo as crianças inocentes possuírem sexualidade.
Os principais aspectos dessa descoberta são:
1º) A função sexual existe desde o principio da vida logo após o nascimento;
2º) O período da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta.
3º) A libido é a energia dos instintos sexuais e só deles.
Foi somente em 1905 que Freud escreveu os Três Ensaios da Sexualidade que postulando o processo de desenvolvimento sexual. O indivíduo inicialmente encontra prazer no seu próprio corpo e nesse período a função sexual esta ligada à sobrevivência. Aos poucos vai havendo modificações nas formas de gratificação e na relação com o outro.
Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida através de uma série de estágios da infância em que a energia era a busca do prazer do ID, tornam-se focados através das zonas erógenas.
A teoria psicanalítica acredita que as fases iniciais são fundamentais para o bom desenvolvimento psicossexual do individuo, mas continua a desempenhar um importante papel no desenvolvimento da personalidade até o fim da vida.
Podemos resumidamente descrever as etapas descritas por Freud no desenvolvimento psicossexual:
Fase Oral – até 1 ano
Toda relação da criança com o mundo é através da boca. Está é vital para comer, entrar em contato com a mãe, obtendo um prazer oral que se realiza através de atividades de gratificantes como mamar, chupar, degustar e etc. Se essa fase não é satisfeita pode-se desenvolver uma formação oral mais tarde, cujos sintomas são tabagismo, voracidade, roer unhas.
Fase anal – 1 a 3 anos
Nesta fase para Freud o foco da libido estava no controle da bexiga e evacuação, uso do banheiro, disciplina.
Fase fálica – 3 a 6 anos
Para Freud a ênfase se ativa sobre os genitais. Nessa idade começam a descobrir as diferenças entre sexos. Surge o complexo de Édipo ou de Electra.
Latência
Os interesses da libido são direcionados para outras áreas. Na realidade a libido não é suprimida é redirecionada para atividades intelectuais, interações, desenvolvimento de habilidades sociais, comunicação e criatividade.
Estágio genital
Puberdade, adolescência e vida adulta. O indivíduo desenvolve forte interesse social no sexo oposto. O objetivo é conseguir um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.