A Diretoria de Infância e Adolescência (DIA) procurou, ao longo desse semestre, ocupar-se de temas que conectam os seres humanos com a importância do sonhar, mostrando-o como um aspecto ligado à capacidade simbólica e com importantes repercussões sobre a vida psíquica das crianças e jovens. “O Sonho e o Sonhar na Infância” foi o tema da Quinta Científica Semestral que ocorreu no início de julho e reuniu, nos modos presencial e virtual, cerca de 170 participantes.

Para a diretora Kátia Wagner Radke, foi um momento muito rico porque “pudemos integrar a teoria do sonhar, do simbolizar apresentado por Ruggero Levy (SPPA) a partir do ‘encontro’ do bebê com o seu cuidador/outro e a importância do acalanto e dos ritmos apresentados pelo músico e psicólogo Thiago Ramil, idealizador do Projeto Sereno Canto juntamente com Raul Jung, sobretudo no que se relaciona às crianças e jovens institucionalizados e/ou que vivem em situação de desamparo”, avaliou.

Nas suas reuniões mensais feitas no decorrer desse semestre, a DIA contemplou ainda temas sobre o processo de identificação e desidentificação na adolescência, um dos eixos centrais nessa etapa do desenvolvimento emocional, assim como as questões da transgeracionalidade e suas implicações sobre a adolescência, tanto na clínica psicanalítica quanto no dia a dia da vida escolar dos jovens. Ambos os encontros foram realizados em formato híbrido, ajudando a ampliar o público e permitindo a possibilidade de novas interações.

“Também estamos muito atentos às vivências precoces nas interações pais-bebê e à instalação do processo de subjetivação”, salienta Kátia. Esse foi o tema da Atividade Semestral “O Processo de Subjetivação desde os Vínculos Primitivos”, realizada em novembro e tendo como convidado o psicanalista Alberto Konischekis, membro da Sociedade Psicanalítica de Paris (SSP), que apresentou a importância dos ritmos na sintonia entre mãe-bebê.