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Vivemos simultaneamente em dois corpos: o corpo biológico, que é o corpo dos órgãos e das funções, o corpo que figura nas pranchas de anatomia, aquele que examinamos no microscópio ou que tratamos com antibióticos; e o corpo erótico, que é o corpo vivido, aquele que “habitamos”, através do qual experimentamos a vida, o sofrimento, o prazer, a excitação sexual, o desejo. Um é inato, o corpo biológico. A partir dele constrói-se gradativamente o outro corpo, o corpo erótico, que, portanto, é da ordem do adquirido. Este livro explica o processo pelo qual o corpo erótico se descola pouco a pouco do corpo biológico. Da qualidade e da progressão desse processo depende o advento do corpo erógeno, que é uma das formas em que a infância é memorizada no adulto. O que acontece quando esse processo encontra obstáculos que o dificultam? Uma vulnerabilidade do corpo pode se manifestar pela formação de sintomas psicopatológicos, mas também por arranjos defensivos que reduzem a sensibilidade ao sofrimento (tanto ao próprio sofrimento quanto ao sofrimento alheio), como no caso dos psicopatas, por exemplo. Podemos então, com base nisso, formar uma concepção psicanalítica do senso moral?


Christophe Dejours (2019) – Primeiro, o corpo: corpo biológico, corpo erótico e senso moral

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