
O que é a psicanálise
A Psicanálise designa, desde seus primórdios, um método de investigação da mente humana, um conjunto de teorias em evolução permanente sobre o funcionamento mental e ainda uma forma especial de tratamento de problemas emocionais.
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História da psicanálise
O nascimento da Psicanálise deu-se com a descoberta fundamental de Freud sobre o inconsciente entre o final do século XIX e o início do século XX. A partir de Freud, muitos autores contribuíram e contribuem para o desenvolvimento dessa disciplina complexa e atemporal.
Saiba maisO que é a psicanálise
Psicanálise é uma disciplina concebida e desenvolvida inicialmente por Freud, na qual é possível distinguir três níveis ou áreas de aplicação: 1. Um método de investigação da mente, que consiste em evidenciar o significado inconsciente das palavras, ações, sonhos, fantasias e outras produções simbólicas; 2. Um conjunto de teorias psicológicas e psicopatológicas sobre a mente, em permanente desenvolvimento e sofisticação; 3. Um método de tratamento para transtornos mentais, emocionais e diversas formas de sofrimento psíquico baseado nessa investigação e nesse conjunto de teorias.
A existência da Psicanálise e sua expansão acompanham e procuram aprofundar a busca humana por identificar e entrar em contato com a subjetividade, com as fontes inconscientes da saúde e da doença mental, com as motivações que nos conduzem aos conflitos e à agressividade conosco mesmos, com os demais e com a natureza ou nos estimulam em direção à criatividade, à beleza e ao convívio solidário e, dentro do possível, amoroso com nossos semelhantes, tanto ao nível individual como familiar e social.
O método psicanalítico utiliza como instrumentos técnicos: uma forma particular de escuta das associações, das lembranças e dos atos do paciente; a observação da sua transferência (o que projeta de suas experiências emocionais passadas e atuais na pessoa do analist) e da contratransferência do analista (sua resposta emocional à transferência); a interpretação, dentro do campo analítico construído conjuntamente por cada dupla, no espaço entre os dois, das comunicações verbais e não verbais do paciente, de seus sonhos e de suas fantasias, utilizando cada vez mais, como baliza, a mente do analista e suas próprias associações.
No curso de uma análise, espera-se que o campo analítico permita um trabalho emocional a dois para a identificação de significados inconscientes e para a produção de insights que levem a mudanças psíquicas e ao desenvolvimento da subjetividade e da capacidade de simbolização. Tais desfechos constituem objetivos terapêuticos da Psicanálise, ao lado da redução do sofrimento psíquico e dos sintomas, da atenuação de traços patológicos de personalidade, do aumento da capacidade para o prazer, o convívio consigo mesmo e com os demais e dos níveis possíveis de criatividade.
Ao contrário do que se observava nas décadas iniciais da Psicanálise, quando ainda não se dispunha de um conhecimento mais sólido sobre seus reais alcances e limitações, considera-se que este método tem especificidades que o diferenciam de outras abordagens. Tais especificidades levam em conta diagnósticos clínicos (neuroses, transtornos de personalidade, transtornos psicossomáticos, algumas formas de psicoses), mas valorizam predominantemente a motivação do paciente, sua capacidade de estabelecer uma aliança terapêutica e um campo analítico, seu grau de sofrimento psíquico, sua curiosidade e desejo de explorar seu mundo interno, sua coragem para entrar em contato com expressões de sua pulsão de morte ou destrutividade, seu desejo genuíno por transformações em sua mente e em sua vida.
História da psicanálise
Em 1910, Freud diz: “A verdade é, para mim, o objetivo absoluto da ciência”. Duas décadas depois, escreve a Albert Einstein: “Não mais considero um dos meus méritos o fato de sempre dizer a verdade tanto quanto possível, tornou-se meu ofício”.
E foi assim, dentro desse espírito científico, tendo por base a busca da verdadeira história do psiquismo humano, que Freud, no início do século XX, nos apresenta A Intepretação dos Sonhos, que contém muito mais que os sonhos e seus significados, mas a essência do psiquismo – o inconsciente como uma entidade substantiva com suas leis e desenvolvimento.
Desde então, a Psicanálise vem se desenvolvendo entre inúmeros colegas, em vários continentes, com especificidades de acordo com suas culturas, o que vem podendo acrescentar e aumentar o entendimento da mente.
A Psicanálise pode orgulhar-se de não ser uma ciência fechada em si; ao contrário, cada vez mais expande seus horizontes de acolhimento, sempre considerando a ética e o contexto político-social onde se desenvolve. Além do trabalho clássico conhecido de consultório, a abordagem terapêutica vem sendo feita em vários locais e contextos, mostrando uma flexibilidade de escuta e produtividade no tocante ao sofrimento humano.
Da mesma forma, a Psicanálise também tem aberto os braços para outras ciências humanas, o que vem permitindo uma maior amplitude no entendimento da complexidade do universo interno e externo.

Principais teóricos
O princípio fundamental que norteia o programa de seminários da formação psicanalítica da SPPA é oferecer aos analistas em formação uma visão ampla sobre as várias teorias psicanalíticas desenvolvidas ao longo de mais de cem anos de existência da Psicanálise.
Com apoio nesta noção de uma visão ampla, autores clássicos como Freud, Abraham, Ferenczi, Melanie Klein, Winnicott, Bion e Lacan são estudados em profundidade e se constituem na base para a conexão com psicanalistas contemporâneos, tais como, Donald Meltzer, André Green, Piera Aulagnier, Jean Laplanche, Christopher Bollas, Antonino Ferro, Thomas Ogden, René Roussillon, Giuseppe Civitarese e outros autores que apresentam contribuições importantes para o desenvolvimento da teoria e da clínica psicanalítica.
Psicanálise e Cultura: Textos
Psicanálise e Cultura possuem uma forte ligação. Elementos da Cultura foram e seguem sendo fundamentais para a construção do arcabouço teórico da Psicanálise. Ao mesmo tempo, a Psicanálise fornece ferramentas valiosas para ampliar a compreensão sobre as origens e os significados intrapsíquicos e interpessoais de nossas manifestações culturais.
Os membros da SPPA têm, de forma constante, refletido e produzido textos sobre o terreno comum da Psicanálise e da Cultura. Nesta seção, você irá encontrar alguns desses escritos.
Psicanálise e Cultura: parcerias SPPA
“A psicologia individual, desde seu início, é psicologia social” (Freud, 1921).
Desde seu princípio, a Psicanálise mantém-se implicada na articulação entre o sujeito e a cultura, entre a constituição da subjetividade e as transformações históricas e sociais. Nós da SPPA buscamos, através de parcerias, diversas interlocuções no sentido de unir reflexões, pontos de vista e áreas do conhecimento para pensarmos juntos a complexidade de nossos tempos.
Teatro e Psicanálise
Em parcerias com o Porto Alegre em Cena e o Diretor Luciano Alabarse, contribuímos como comentaristas em debates com os artistas, o diretor e o público após apresentações teatrais.
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Bienal do Mercosul
Junto à Bienal de Artes Visuais do Mercosul, oferecemos aos participantes momentos de diálogo, discutindo o papel da Psicanálise e da arte contemporânea na busca por dar destino às experiências vividas. Além disso, damos apoio aos mediadores da Bienal por meio de escuta psicológica, estabelecendo conversas reflexivas sobre a rotina de trabalho no evento.
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Instituto Ling
Organizamos cursos em parceria com o Instituto Ling, os quais são ministrados por psicanalistas da SPPA e abordam temas de interesse da cultura atual estudados a partir de conceitos psicanalíticos.
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SPPA Portas Abertas
São atividades nas quais recebemos interessados em conhecer melhor a nossa instituição para uma visita e um bate-papo. Apresentamos a nossa história, as formações oferecidas no nosso Instituto de Psicanálise, os nossos projetos científicos e sociais e a nossa sede, além de esclarecermos dúvidas e curiosidades. O SPPA Portas Abertas costuma ocorrer semestralmente e é divulgado com antecedência através de nossas redes sociais.
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Café Literário da Psicanalítica
O Café Literário da Psicanalítica busca compartilhar Psicanálise, Literatura e Cultura com a comunidade de forma gratuita. A atividade existe há mais de 15 anos e vem alcançando um público expressivo do Brasil e exterior. Os eventos ocorrem na 2ª terça feira de cada mês, às 19h30, na Plataforma Zoom/SPPA.
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OAB-RS e ESA
Parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul (OAB-RS) através da Escola Superior de Advocacia (ESA) intitulada “Cine ESA: Direito e Psicanálise”. A atividade, como o próprio nome diz, tem como objetivo fazer uma interface entre aspectos jurídicos e psicanalíticos a partir de um filme que envolva os dois temas.
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Liga de Psiquiatria e Saúde Mental UFCSPA/UFRGS (LIPSAM)
Realizamos junto com a LIPSAM atividades direcionada a alunos de cursos superiores. São encontros que acontecem de duas a três vezes ao ano com a participação de psicanalistas da SPPA conversando sobre temas de interesse sugeridos pela LIPSAM, assim realizando uma aproximação entre a Psicanálise e a Universidade.
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Liga de Psicanálise da UFRGS (LIPSIC)
Parceria com a LIPSIC que se dá através de duas atividades: o Café LIPSIC, no qual temas relacionados à Psicanálise são desenvolvidos e debatidos com psicanalistas da SPPA; e o Cine LIPSIC, no qual há a exibição de um filme e, a seguir, um diálogo entre o público e um psicanalista da SPPA sobre os aspectos psicanalíticos da obra apresentada.
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CICLO DE ESTUDOS
Através de Cursos e Ciclos de Estudo, a SPPA oferece aos universitários e recém-formados a possibilidade de entrar em contato com grandes autores e temas da Psicanálise. Os cursos e ciclos são ministrados por psicanalistas da SPPA, constando geralmente de seis a dez encontros, em modalidade on-line ou presencial.
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Hospital materno-infantil Presidente Vargas (HPV)
A parceria com o HPV tem por objetivo divulgar a Psicanálise e contribuir para a formação de médicos residentes em psiquiatria através do Departamento de Psiquiatria da UFCSPA. São realizados seminários ministrados por psicanalistas da SPPA utilizando textos de teoria psicanalítica nos quais debate-se com os alunos a visão de diferentes autores sobre temas relevantes para a formação de psiquiatras.