A Diretoria de Ações na Comunidade da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (DAC-SPPA) homenageia a colega e amiga Joyce Goldstein, uma das pioneiras no trabalho com a comunidade, cuja dedicação e sensibilidade foram fundamentais para a difusão da escuta e prática psicanalíticas voltadas à população vulnerabilizada na área da educação.

Em agosto, a DAC realizou a atividade "Branquitude e Psicanálise", com Lia Vainer Schucman e Joyce Goldstein, em sua última apresentação na SPPA. Já em setembro, a Quinta Científica debateu "Contribuição da Escuta Psicanalítica na Construção de Políticas Públicas", com Carmen Rodríguez e Flávia Friedman Maltz, e, no mesmo mês, a atividade "Psicanálise, Educação e Política na Universidade" reuniu as convidadas Rose Gurski e Regina Sordi. Todas estas atividades foram coordenadas pela Diretora da DAC, Luciana A. Secco, que também se apresentou no podcast ComplexaMente, refletindo sobre a atuação da psicanálise fora dos consultórios, enfatizando a necessidade de uma escuta mais ampla e sensível às demandas sociais.

No final do mês de outubro, Gabriela Bercht, doutora em Educação pela UFRGS, André Pares, professor de Filosofia e assessor pedagógico da SMED, e Alice B. Lewkowicz debateram "Internet, Sexualidade e Culturas Juvenis". No encerramento do ano, para discutir o urgente desafio em relação às questões ambientais, a SPPA, em parceria com a SBPDE-PA e a SPPEL, realizará o simpósio “Crise Climática e Psicanálise: Impacto na Comunidade”, um evento imperdível que abordará as interseções entre as mudanças climáticas e a saúde mental.

O Grupo Rodaviva, em resposta à solicitação da SMED, formou o GT (Grupo de Trabalho) com educadores de escolas onde a violência exacerbou-se após a pandemia, realizando reuniões semanais na SPPA e Rodas de Conversa (RC) em tais escolas. Este trabalho fomentou o Projeto SEPROVIDA-EDU (Serviço de Proteção à Vida na Educação), cujos frutos se fizeram notar sete meses após sua implantação, com notável diminuição dos eventos de violência extrema. A antiga parceria PESCAR-SPPA foi rebatizada com o objetivo de ampliar suas atividades, adotando o nome Nhamandú, termo da mitologia tupi-guarani que se refere à energia criadora de todos os seres, responsável por trazer luz e esperança. As atividades foram RC com jovens, que tiveram um significativo espaço de escuta e convivência, manifestando o desejo de dar continuidade ao projeto, bem como RC com os educadores. Foram realizados grupos online e um grupo presencial com todos os educadores sociais do RS.

Finalmente, a DAC participou do 35° Congresso da FEPAL, apresentando o trabalho Contribuição da Escuta Psicanalítica na Construção de Políticas Públicas, além da publicação do Livro Comunidade e Cultura, organizado por Maria Elisabeth Cimenti.